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Biscoito da Sorte
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E pensar que, aos quinze anos – naquela fase da masturbação que a gente tem a necessidade vital de colocar a porra da porra pra fora – eu apelava pra cacete, chegando ao cúmulo de prometer casamento pra filha da dona Hermengarda.

Dona Hermengarda trancava a sua filha Bartira – já com vinte e cinco anos (muito velha pra um adolescente de quinze) – a sete chaves.

A garota era tão horrível que a Dona Hermengarda morria de medo de soltá-la na rua e a menina ser xingada. Coitadinha da Bartira…

No alto do seu primeiro quarto de século de existência, nunca havia beijado na vida. Nenhum homem gritava "GOSTOSA! FIU! FIU!" pra pobre Bartirinha.

Mas o Mingauzinho aqui encarou! Estava grave o negócio...
(Trecho da crônica para rádio "Como tirar a barriga da miséria e sair da pindaíba")
Clicando aqui, você ouve a crônica
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Por mais desconfortável que fosse por tirar-me da calmaria de mais um crepúsculo, eu preferi ficar com o queimor nos olhos. O máximo que me permiti fazer foi pensar num poema para tentar dialogar com aquele solavanco avassalador que cutucava as minhas entranhas.

Se a borboleta é bela, por que causa dor? Se causa dor, por que é bela a borboleta? Às vezes, penso que o bonito cause dor por evidenciar as lacunas de beleza que edificamos em nosso passado. Dói admitir que perdemos boa parcela do nosso escasso tempo com pensamentos feios. Dói saber que o preclaro estava ao nosso alcance e, por vacilo, não o tocamos.
Trecho do texto "Todas as cores lembram-me dos seus versos"
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A única coisa ruim foi que a minha namorada da época, a Dani, era muito bravinha e intolerante. Levava os fatos pelo lado negativo, era dona de um controle emocional escassamente desenvolvido e dispunha de pouco senso de humor.

Como eu vivo com a cabeça nas nuvens, esqueci-me destes detalhes...

No dia em que eu recebi a encomenda indesejada, fui ao motel com ela. No caminho, falei que fiz uma burrada e expliquei o ocorrido.

Supus que a Dani consideraria o acontecimento cômico, assim como eu, minha mãe e, posteriormente, inclusive, o próprio autor. Porém, ela não achou graça nenhuma. Fez cara feia, deu-me uma bronca e sentenciou que eu era um jumento cretino que queimava dinheiro e tinha mais é que se ferrar.

Segundo a minha querida amada, se eu morresse, não haveria nada mais justo, ninguém perceberia a minha ausência e o Planeta Terra passaria bem sem mim, além de que eu seria acolhido no seio do local onde eu merecia morar eternamente: a profundeza dos infernos. Mais peculiarmente, num quartinho especial reservado aos lerdos e paspalhos no qual as chamas ardem mais fortes.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Ainda quando eu estou atrasado para o trabalho, com muita pressa, não abro mão do meu ritual matutino diário de tomar café, na padaria. Considero primordial ver gente, mesmo tendo as minhas questões a solucionar e as minhas peculiaridades.

Enquanto levo a xícara à boca, olho para o infinito. Sim, infinito. Materialmente, esta suposta amplidão pode estar bloqueada por uma parede, com cartazes repletos de mulheres esbeltas e cervejas, mas a minha psique espectral transpassa-a.

Sou livre. E mesmo envolto em minhas quimeras, a visão periférica encarrega-se de capturar as demais insignes e seus respectivos desígnios.
Trecho do texto "O estadista, o mendigo e o poeta"
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Futebol? Uuuuuhhhh… bateu na trave, amigão. É quase isto, mas, não é...

Parafraseando uma letra de música de minha autoria (jabá na cara de pau): “(…) sobre tudo o que passou / Meu time nunca marcou gol / Não tenho time nem guarda-sol / Odeio crimes e futebol (…)”.

Tá aí, já assumi – correndo o risco de ser impopular – que futebol não é a minha praia. Então, sobre o que era o assunto? Que saco! Fala logo, Mingau! Desembucha!

O que é quase futebol? Simples: mulher.

O conterrâneo de Mahatma Gandhi iniciou narrativas acerca das suas peripécias como Don Juan. Falou que nunca saía com amigos à noite pra sentir-se mais livre pra flertar com as moças e não ter o trabalho de procurar mulheres acompanhadas de amigas. Ressaltou que – segundo ele – a presença de mais de um homem diante de uma mulher podia confundi-la. Então, ele, simplesmente, dispensava a companhia de outro macho e garantia-se na hora de partir pro ataque e divertir-se com a próxima fêmea.

Até aí, eu estava aprendendo mais um pouco a respeito do complexo universo feminino, contudo, já esboçava irritação com aquela prosa.Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação gráfica
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Sugestionado pelo poeta que o escrevera, o governante cedeu ao seu ímpeto emocional e decidiu não expurgar uma economia intemperada que abalroaria os desvalidos. O texto disposto em versos fê-lo remeter-se a seu modesto exórdio, recordando a intrepidez laboral de seus progenitores para proverem o seu sustento e o de seus irmãos.

Como se fosse remetido a semotos espirais nebulosos que pairam no cosmo, o político pôde presenciar o seu pai, um vigia noturno, em pleno sereno, batendo, ferrenhamente, os pés, no cimento álgido, com o fim de aquecer-se. Foram elocuções que forjaram um estopim. Embora contrariando os interesses obscuros dos possessores, não inflacionou os tributos que incidiam nos principais itens sazonais de inverno da cesta básica. Os módicos desjejuns matinais, sob o viço do orvalho, continuariam regados a cafés com leite quentinhos.
(Trecho do texto "O vestígio de vento que soprou na contrição")
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