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Biscoito da Sorte
Aceita um biscoito da sorte? É só clicar e descobrir a surpresa que tem dentro dele pra você!
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Segundo a física quântica, ao elegermos uma antelação, criamos um universo, pois essa escolha afeta a vida de todos os seres, sem excetuar nenhum, e, concomitantemente, mata um número infinito de outros universos, que são as opções subtraídas da concepção. É a chamada “teoria do caos”, a qual explica que “o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez, provocar um tufão do outro lado do mundo”.

Tantas possibilidades acarretam em um tempo que se arrasta com um maior fardo: “e se eu tivesse feito diferente? Quem seriam os meus filhos que não nasceram? Quem seria eu? Como seria o mundo se eu houvesse me entregado a inclinações distintas?”. E a aflição é imensurável porque pesa a responsabilidade da escolha. Nesse ponto, a liberdade não é tão maravilhosa assim. Sente-se falta de que alguém nos mande executar algo. E para aliviar, papagaiamos frases prontas do tipo: “não foi porque não era para ser”, “Deus quis assim”, “o destino já está escrito”, “é melhor arrependermo-nos do que fizemos do que daquilo que não fizemos”, etc.Clicando aqui, você lê o texto completo
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Seu gosto
Não discuto
Não olhe meu rosto
Nem um minuto.

Deixe-me aqui
Vagando a esmo
Ninguém eu vou ferir
A não ser a mim mesmo.

Se assusta se eu respiro
Ou se digo um simples “atim”
Mas não vou dar nem um tiro
A não ser se for em mim.Clicando aqui, você lê a letra de música
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O fluxo rítmico da moça sacudia diretamente dentro da cacholinha de sua cacholinha confusa. Se para ele já era um incômodo a arte e a desenvoltura talentosa de sua amada, muito mais se acentuava o desalento quando executadas naquele covil gângster.

O chefão indecoroso mencionou um encontro que tivera com o rapaz, naquele mesmo lugar, há aproximadamente dois meses, que, por suas contas, calhou na véspera do desvendamento de seus rastros. O moço não tinha lembrança do evento e muito menos de ter demonstrado contentamento pela mesma atração, conforme rememorou o contraventor, ao interpretar erroneamente o assombro dele. A alusão fez o rapaz conceber a justificativa de sua tormenta que culminou no acidente. Atordoado, lançou mão de todas as concordâncias pertinentes para que o ancião deixasse-o partir em paz.

Ao engatar a marcha ré e acelerar por alguns metros, viu a suntuosa edificação diminuir de tamanho em relação à distância que tomava. Era uma espécie de despedida proporcionada pelo vislumbre da última imagem necessária para assentar a certeza de que era a ocasião cabida do ponto derradeiro. Os acontecimentos haviam enveredado por meandros que garantiam não restarem dúvidas de que os eixos dos valores mais essenciais foram abalados.Clicando aqui, você lê o conto completo
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Quando se é criança numa suposta casa normal, as coisas são apresentadas para nós de uma forma, no mínimo, relativamente simpática. Embora a família não seja o supremo modelo a ser seguido em termos de estruturação, tudo parece ser bonito.

Mesmo que o pai, hipoteticamente, não seja muito sóbrio e que os cuidados para que o filho não assista às cenas desarmônicas experimentadas pelos cônjuges não sejam prudentemente resguardados, o brilho dos olhos e a candura do coração de um anjinho conseguem ter mais força do que os deselegantes aviltamentos a que a matriarca aceite submeter-se.

E se, por ventura, as agressões não forem apenas verbais e as paredes do dormitório infantil combinadas com o pressionamento do macaquinho de pelúcia nos ouvidos não proporcionarem as circunstâncias sinergéticas adequadas para poupar os tímpanos do novato deste mundo de receberem informações sonoras indicadoras de que a estória da princesa – que vira no programa vespertino da emissora da rede pública de televisão – não é rigorosamente idêntica aos episódios de investidas físicas insuficientemente afáveis do genitor em relação à genitora, ainda havia o colinho da vovó aos domingos com direito a chá e torradinha.
Trecho do conto "O mundo quase perfeito"
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A lágrima despejada pelo meu olho que chora
Mistura-se com a forte chuva lá de fora
O momento me faz reluzir
Mas quando acordar irá me ferir.

O último timbre mostra ser infeliz o fim
A triste realidade é diferente de um belo jardim
Desperto sem você ao meu lado
Eu com meu travesseiro abraçado.Clicando aqui, você lê a poesia completa
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Eu estava assustado. Profundamente assustado. Calma, Marcelo, o Universo é sábio. Não é à toa que você está com esta revista Caras molhando embaixo do seu sovaco suado.
– Moça, você quer trocar o livro da sua irmã por esta revista?
Ela franziu a testa e pareceu ter experimentado uma metamorfose, transfigurando-se num bagulho mais esquisito do que o Steven Tyler, o vocalista do Aerosmith. Suponho que, no planeta dela, era o modo usual de manifestar contentamento.
Desta feita, a prima bonita do E. T. gritou:
– SIM!
Quem é da Geração X, assim como eu, levanta a mão! Vocês, com certeza, recordam-se do programa Domingo no Parque, do Silvio Santos. Sabe aquele quadro em que as crianças ficavam dentro de um foguetinho, ouvindo música?
O Silvio Santos perguntava se o menino queria trocar a bicicleta por um chiclete de jiló mastigado e o menino gritava: “SIM!".
Foi exatamente desse jeito que ela gritou quando eu a questionei sobre a troca do livro pela revista: “SIM!”.
Soltei a revista no ar e entreguei-a aos caprichos da Lei de Newton. Chocado, recuei pisando três vezes pra trás e saí do edifício a passos largos, andando ligeiro, quase correndo.Clicando aqui, você assiste ao vídeo com animação digital